Charles Darwin em 1832


- A viagem 1832 -

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Depois de deixar a Inglaterra em 27 de dezembro de 1831, o Beagle fez sua terceira parada no Brasil, em fevereiro de 1832. Antes de aportar em Salvador, a expedição fez uma passagem rápida pelo arquipélago de Fernando de Noronha e em 29 de fevereiro, chegou à capital baiana.










Em Salvador, teve o primeiro contato com as florestas e a fauna tropicais e deslumbrou-se com o que viu. Fez pequenas expedições pelo entorno da cidade observando e coletando espécimes da flora, fauna e observando o relevo da região. O Beagle deixou Salvador em 18 de março e desceu pela costa brasileira até chegar ao Rio de Janeiro, em 5 de abril.



Neste ponto da viagem Darwin ficou sozinho no Rio, pois o Beagle teve que retornar à Bahia para refazer algumas medições topográficas. Darwin residiu então em Botafogo, e fez pequenas expedições pela Floresta da Tijuca, Jardim Botânico, Penha e Gávea. Subiu o Corcovado e foi caçar na Fazenda dos Macacos – hoje, bairro de Vila Isabel. Visitou também o Museu Nacional - que naquela época chamava-se Museu Imperial e funcionava no Campo de Santana, Centro do Rio.



Darwin viajou pelo norte fluminense subindo a serra da Tiririca, em Niterói; passou por Maricá, Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Barra de São João, Macaé, Conceição de Macabu, Rio Bonito, Itaboraí. Em alguns desses lugares, pode-se ver as mesmas construções e paisagens que o naturalista descreveu em seu diário de viagens, como a Fazenda Itaiocaia, em Maricá, onde pernoitou; ou a Estrada do Vai e Vem, onde passou quando viajava pela região de Niterói e ruínas da Fazenda Campos Novos, em Cabo Frio, onde elogiou a comida.



Em seu diário, destacou o colorido da paisagem, observou a beleza de uma floresta de acácias, em Itaboraí, e as samambaias de Conceição de Macabu. Os animais que mais o interessaram e fascinaram foram os insetos. Darwin passava os dias coletando, observando e estudando o comportamento desses animais e suas anotações foram importantes para a formulação da Teoria da Evolução e o principio da seleção natural.



Mas, se a fauna e a flora brasileira causaram deslumbramento e estupefação ao naturalista, o mesmo não se pode dizer dos hábitos dos brasileiros. Darwin criticou em seu diário de viagem, por exemplo, a existência de escravos no Brasil, quando esteve na fazenda Itaiocaia  e os privilégios destinados aos homens de posses, a burocracia brasileira. Até mesmo o entrudo, carnaval do século XIX, o qual ele experimentou quando esteve em Salvador, foi criticado por ele.



O Beagle deixou  o Rio, e o Brasil, em 5 de julho de 1832, rumando para Montevidéu, dando continuidade a expedição. Em agosto de 1936, o Beagle voltou ao Brasil, fazendo suas últimas paradas em Salvador e Recife, para conferência de cálculos, antes de retornar definitivamente à Europa.
                                                   

                                                                  

Fonte:     Casa da Ciência



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Darwin e a Teoria da Evolução - No Brasil


Ao aportar no litoral da Bahia em fevereiro de 1832, na terceira escala de seu périplo a bordo do Beagle, Charles Darwin ficou extasiado com a vegetação à sua frente. Anotou em seu diário:

 "É uma visão das mil e uma noites, com a diferença de que é tudo de verdade". Era a primeira vez que o naturalista pisava numa floresta tropical. Darwin esteve no Brasil por duas vezes, nos trajetos de ida e de volta de sua viagem de cinco anos. Ao todo, permaneceu cinco meses e meio no país, tempo suficiente para realizar seus estudos e espantar-se com os hábitos dos nativos. A começar pelo Carnaval. Em Salvador, quando viu os foliões tomar as ruas e atirar bolas de cera cheias de água uns nos outros, achou por bem recolher-se à tranqüilidade civilizada do Beagle.

Dois meses depois, o navio chegou ao Rio de Janeiro, então capital do império. No Rio, Darwin foi convidado a conhecer uma fazenda de café no norte fluminense. Antes da viagem, criticou em seu diário a demora das autoridades brasileiras em lhe conceder os documentos necessários para viajar com cavalos. "Mas a perspectiva de ver matas selvagens cheias de belos pássaros, macacos, preguiças e jacarés", ele escreveu, "faz um naturalista até mesmo lamber a poeira das botas de um brasileiro." A excursão durou quinze dias. No caminho, o explorador só conseguiu se alimentar de galinha e farinha de mandioca, este último ingrediente, segundo Darwin, "o mais importante alimento na subsistência do brasileiro".

Na volta ao Rio de Janeiro, Darwin deixou o Beagle e se hospedou num chalé em Botafogo. Andou pela Floresta da Tijuca, foi ao Jardim Botânico e ao Pão de Açúcar e coletou centenas de plantas e insetos. Fez anotações sobre a "falta de educação" dos brasileiros e a forma como a Justiça era feita no país. "Se um crime, não importa quão grave seja, é cometido por um homem rico, ele logo estará em liberdade. Todo mundo pode ser subornado", escreveu. As observações mais contundentes de Darwin sobre o Brasil dizem respeito à manutenção da escravidão e à forma violenta como os escravos eram tratados. Certo dia, inadvertidamente, foi protagonista de um episódio dramático. Um escravo conduzia a balsa na qual ele fazia uma travessia de rio. Tentando se comunicar com ele para lhe dar instruções, Darwin começou a gesticular e a falar alto. A certa altura, sem querer, esbarrou a mão no rosto do negro. Este imediatamente baixou as mãos e a cabeça, colocando-se na posição que estava habituado a assumir para ser punido fisicamente. "Que eu jamais visite de novo uma nação escravocrata", anotou ele ao deixar a costa brasileira.

Fonte Revista Veja.



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